40 anos Futura Tintas – Capítulo 9 – Negociadores que acreditam na causa
Depois dos pilotos da Academia do Pintor em São Paulo e em Feira de Santana, o processo foi ajustado e ganhou o formato oficial, assim estávamos prontos para encarar todas as turmas de 2015. Para organizar o primeiro ano da Universidade, especialmente das Academias Itinerantes, precisamos da habilidade e da cumplicidade das pessoas que estão diretamente conectados com os lojistas, e para isso tivemos a participação determinante dos nossos negociadores.
O que o mercado denomina Representantes de Venda, nós, aqui na Futura, denominamos Negociador, homens de negócio que lá fora representam nossa marca, e aqui dentro representam o cliente. Conhecem os clientes amplamente, compreendem seus diferenciais e por isso eram os que mais sabiam quem seriam os próximos lojistas que não precisariam ver pra crer que a Universidade era projeto transformador.
Newton, Roger e Carlão revezaram-se para levar a Universidade aos quatro cantos do Estado de São Paulo, e não mediram esforços para contribuir com a causa.A primeira passagem do módulo definitivo da Academia Itinerante foi na cidade de Barra Bonita, interior de São Paulo. Quem nos conduziu até lá, foi o nosso negociador Newton que organizou sua agenda para estar presente e acompanhar a transformação dos pintores da loja Vidrocor, do padrinho Toninho.
Em seguida foi a vez do Roger, que escolheu a cidade de Paraguaçu Paulista e o padrinho Dito para receberem a segunda turma.
Carlão, que estava completamente entusiasmado com a Universidade, escolheu a Paula da loja Tintas Gonçalves para apadrinhar a turma de Taubaté.
Voltamos para o Newton, dessa vez em Bauru com o padrinho Milton Viana da loja SD Tintas e, na sequência, o Sr. Claudio loja União de Tintas, que realizou a Universidade para os pintores de Marília.
Ainda em 2015, a Universidade fez passagens pela cidade de Ribeirão Preto, e formou duas turmas seguidas com os pintores apadrinhados por Carlos Gabelline, da loja Ubertintas.
O ano passou tão depressa, a agitação das aulas, das viagens, dos preparativos e dos novos processos nos embalou e quando dezembro chegou já tínhamos realizado 8 turmas da Academia Itinerante e 6 Academias locais, já somávamos 350 pintores formados.
A última turma da Academia Itinerante aconteceu em Ilha Bela, apadrinhada pela dona Ana e pelo Avelino das Casa das Tintas. Uma época interessante para aquela região, pois é quando os pintores estão com muitas obras, para deixar as casas preparadas para temporada de férias em janeiro. Mesmo assim, atenderam prontamente o convite da loja. No dia 13 de dezembro, encerramos com chave de ouro o primeiro ano da Universidade na estrada, cumprindo seu propósito de Colorir Vidas.
O empenho desses negociadores, além de ajudar a consolidar a Universidade como projeto pioneiro e reforçar os laços entre lojistas e a Futura, também mudou algumas histórias, como essas:
– Do Matheus de Ilha Bela, que tinha receio de trocar de carro, porque não tinha certeza se ser pintor era promissor, quando aprendeu a cuidar da vida financeira da pintura, viu que podia ir bem mais longe do que só um carro.
– Do Serginho de Bauru, que além de evoluir muito na profissão manteve os laços de amizade com os outros pintores que passaram pelo curso, e rompeu com o paradigma da concorrência, fazendo nascer o espírito de cooperação entre os colegas.
– Do Val de Araçatuba, que estava prestes a desistir da pintura, na verdade estava prestes a desistir de tudo. Disse que o convite para participar do processo seletivo foi o momento foi muito decisivo em sua vida, embora achasse que fosse mais um evento falando de produto e terminando com cerveja, não tinha mais nada a perder. Quando o educador começou apresentar o programa de educação, viu que era diferente de tudo e valia a inscrição; depois se tudo fosse papo furado ele simplesmente não iria mais, e continuaria com seus planos.
No primeiro dia gostou, pensou, vale voltar pra ver onde isso vai dar. E assim voltou, todos os dias até a formatura. Todo fim de aula declarava que aquela sim era a informação que faltava e por isso ainda não tinha dado certo na pintura.
Val formou-se junto com a primeira turma de Araçatuba, nunca mais pensou em largar a pintura, e todo novo dia coloca um novo aprendizado em prática.