40 anos Futura Tintas – Capítulo 29 – Colorindo Vidas no Rio de Janeiro
Se dependêssemos dos telejornais para tirar nossas conclusões sobre a realidade do Brasil, concluiremos que o mundo está perdido, que nada vale a pena e que a humanidade não tem salvação.
Ainda bem que nosso olhar é diferente. Ah, como somos testemunhas do quanto o brasileiro é solidário. Em cada capítulo da nossa história contada aqui, escrita à luz do nosso propósito, apresentamos quem são as pessoas que colocam nosso colorir vidas em movimento. Mas também os relatos servem de reconhecimento a um povo tão empreendedor, inventivo, generoso e especialmente solidário como o povo brasileiro.
Hoje chegamos ao Rio de Janeiro. Se em São Paulo temos o Tom, no Rio temos o Jerry. Logo nos primeiros meses de Futura, Jerry já participou da nossa convenção de vendas. Homem de negócios acostumado com esses eventos, já imaginou o que roteiro seria apresentação de números, tendências, lançamentos e o grande final: definição das metas. Mas, na convenção da Futura foi diferente. Os negociadores foram levados para viver uma ação solidária numa creche da zona leste, a ordem do dia era devolver a beleza para as paredes, brincar e rir até doer o maxilar. Jerry se entregou de corpo e alma, brincou como se fosse uma criança e terminou o dia energizado. O mesmo jeitão que imprime na hora de vender.
Temos no Rio também o Mizael, carinhosamente chamado de Miza. Carioca da gema, nos dá o privilégio de contar com seu profissionalismo e sua energia na Região dos Lagos. Mizael é um guerreiro: ele sempre batalha firme por seus clientes e isso nos enche de orgulho. Percorre quilômetros levando o Colorir Vidas como uma bandeira toda sua. Em plena pandemia, Miza se “fantasiou” de Coloridor das Galáxias e não parou o trabalho presencial, visitando as lojas e cuidando de cada espaço conquistado. Miza já está há 15 anos na Futura e seu trabalho tem se fortalecido cada vez mais.
Já a região serrana é cuidada pelo negociador Glauco, na Futura há 13 anos. Glauco tem clientes de longa data com a gente, Carlos, da Gasparzinho é um deles, um grande parceiro. Mas foi com Anita e Marcelinho da Serra Tintas, que ele levou a primeira edição itinerante da academia do pintor para o Rio. A história que contamos com eles é digna de ficar registrada aqui: Anita e Marcelo conhecem muito bem seus clientes, sabem a história dos pintores, visitam suas obras e não é raro visitarem suas casas. Quando, em 2019, chegou a vez de eles serem padrinhos da UFT, com um baita entusiasmo montaram uma turma escolhida a dedo. Levar conhecimento e capacitação já colore a vida dos pintores, mas a chegada da Universidade por lá foi só a primeira etapa de uma série de vidas que deixamos coloridas. Para fechar com chave de ouro, esses lojistas levaram os pintores para a comunidade São João Batista para colorir as vidas das crianças do Instituto Beneficente Ampla Visão. Lá conheceram Solimar Fidélis dos Santos, fundadora do instituto. A Sol, como é chamada pelos moradores da comunidade, é pura luz e calor. Sol já sofrera de tantas formas que não gostava de falar e nem de lembrar. Começou a cuidar das crianças dando aula de ballet na sala de sua casa, e então começou a ouvir as histórias de dificuldade daquelas famílias. Para conseguir ajudar ainda mais, batalhou para conseguir o reconhecimento como instituto e receber repasses para comprar cesta básica e remédios para os moradores da região. O imóvel ao lado da casa de Sol é a sede do instituto e lá ela realiza atividades com as crianças e armazena os itens que arrecada para doações. Tudo desperta a vontade de fazer o bem.
Na ação social daquele dia, o trabalho era pintar as paredes da sala de ballet da Sol e as paredes do instituto. Durante toda a obra, nosso grupo da Academia era visitado por crianças curiosas e empolgadas com a novidade e com a beleza das cores. Alair, um dos pintores da turma, estava particularmente emocionado e contou para a educadora Bell que no passado já fez muito trabalhos voluntários, participava de eventos beneficentes, arredava roupas e alimentos para doação nas comunidades. Mas em uma dessas andanças, teve uma decepção muito grande com uma pessoa que ajudava e isso endurece completamente seu coração. Voluntariado para ele era coisa do passado, tinha colocado uma pedra em cima desse assunto.
Naquele sábado, quando foi levado pelo mutirão de pintores e envolvido em toda atmosfera de alegria e amor de uma ação como essa, seu coração começou a amolecer. Inspirado pela história de superação da Sol, comoveu-se profundamente e decidiu que retomarão suas atividades voluntárias, e que uma decepção não poderia demovê-lo da grande vontade de ajudar.
Em apenas uma edição, contabilizamos:1 negociador cumprindo sua missão, 2 lojistas realizados promovendo desenvolvimento através da educação, 25 pintores despertados para um novo momento profissional, uma comunidade inteira energizada pelas cores do instituto, Sol confiante de que há muitas pessoas como ela e devolvemos 1 coloridor desgarrado ao seu rebanho. Uau!
Como canta a música: “o Rio de janeiro continua lindo…”