40 anos Futura Tintas – Capítulo 23 – Terceiro Ano Universidade Futura Tintas
Uma das frases que mais repetimos é: “a Universidade traz resultados para aqueles que colocam em prática os aprendizados, todos eles”. Não é possível conseguir controlar as finanças, sem colocar em prática os aprendizados da aula de gestão de resultados; não é possível fazer uma boa negociação, se o planejamento da obra não estiver detalhado; nem fazer da entrega um momento mágico, se não foram coletadas informações relevantes na primeira visita.
Os padrinhos das primeiras turmas entenderam muito bem isso. Quando a Universidade Futura Tintas abriu seu terceiro ano na cidade de Ourinhos, o padrinho, Sr. Cláudio da Loja União de Tintas, esteve pessoalmente no primeiro dia de aula para pedir aos alunos que se entregassem de todo coração a todas as experiências propostas pelos educadores e começassem, já no dia seguinte, a colocar em prática os aprendizados.
E assim eles fizeram, levaram a sério o período de aula e foram aos poucos encontrando as mudanças no seu dia-a-dia.
Depois de Ourinhos, a Universidade foi parar em Bom Jesus da Lapa, cidade do interior da Bahia, famosa pela gruta do Santuário de Bom Jesus da Lapa. O padrinho da turma foi o Fernando da Construcasa, sua família é uma dessas desbravadoras, que chegou à cidade levando progresso e novidade para o lugar. Para Fernando, promover uma Universidade com o conteúdo de ensino da Universidade Futura para os pintores estava diretamente ligado ao seu propósito de desenvolver a cidade e as pessoas do local.
Depois de Bom Jesus, a Universidade continuou pelo interior da Bahia, passando por Alagoinhas e Catu. Cada cidade com sua magia. A formatura de Alagoinhas aconteceu no Domingo de Ramos e foi brevemente interrompida pela procissão que era puxada por um trio elétrico animadíssimo.
Como disse o padrinho Cita, é com fervor que cumprimos nossos compromissos religiosos. Lá, dentre tantas pessoas especiais, também tivemos a honra de somar para o time de PAVs um baiano com apelido de Mineiro, com um coração tão generoso que gostaríamos de multiplicá-lo e também o Capenga, pintor famoso, desses que todo mundo confia.
Também passamos por Juazeiro da Bahia (ao ladinho de Petrolina), dessa vez para os pintores da loja Canteiro de Obras que fica do outro lado da ponte. Tirando o padrinho de Bom Jesus da Lapa, todos os outros são de segunda viagem. Jovenilson, proprietário da loja mal podia esperar para repetir o feito com os pintores de Juazeiro, depois das mudanças que aconteceram em Petrolina.
Depois de lá, a Universidade foi pela primeira vez para o estado do Pará, na cidade de Santarém. O lugar é lindo e as pessoas são maravilhosas. De todas as histórias de transformação, uma das que mais nos move é a do Francisco de Santarém, um aluno dedicado, muito esforçado.
Como disse o padrinho da turma, Sr. Roberto Massafra, “o Francisco pegou o que aprendeu na Universidade e aplicou na veia”: no início do ano seguinte, já nos enviava áudios compartilhando a felicidade de conquistar um Corola novo, além de festejar a agenda cheia para os dois semestres do ano.
Além de Santarém, no mesmo ano, a Universidade passou pela cidade de Parauapebas. Os pintores da loja Futura Cor conheciam a UFT pelas redes sociais e quando o padrinho Genildo foi anunciar a eles, muitos já sabiam e boa parte já tinha até feito inscrição.
Antes de encerrar o ano, de volta a Minas, dessa vez na cidade de Passos, o itinerante chegou para os pintores da loja Só Tintas. Em Passos, tivemos a sala de aula mais inusitada até aqui. Flávio, o padrinho da turma, conseguiu em sua comunidade um lugar pra lá de abençoado para realizar as aulas teóricas, a capela do Centro de Aprendizagem Pró Menor de Passos.
A pedido do padrinho Paulo Zata da loja Decore Tintas, fomos de Minas para Xanxerê, em Santa Catarina. No princípio, o já conhecido medo dos pintores não ficarem 10 dias seguidos numa sala de aula, mas com o passar dos dias o medo foi dando lugar a confiança de que estavam no caminho certo. Sempre trazemos muitas lembranças de pintores de todos as nossas viagem, mas de Xanxerê trouxemos boas lembranças também do time da loja Decore, que se envolveu tanto com as aulas que, em poucos dias, já estavam apoiando os educadores e ensinando o que sabiam.
Ainda em Santa Catarina, a última turma do ano foi em Curitibanos, apadrinhados pelo Paulo e pela Leni da Tork Ferramentas e Tintas. Padrinhos também de segunda viagem, contagiaram os alunos com as histórias que contamos em Joaçaba.
A cada ano que concluímos, a fila de padrinhos é maior para o ano seguinte. Com o final do terceiro ano das atividades itinerantes, o desafio do ano seguinte é a distribuição e escolha correta dos novos locais. Em nossa estratégia temos a “cumplicidade na causa” como valor progressista, e é isso que nos ajuda a traçar o percurso do ano seguinte. Com toda equipe de volta em São Paulo, é hora de pensar nas próximas paradas.