40 anos Futura Tintas – Capítulo 28 – Negociadores com MUITA história pra contar

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40 anos Futura Tintas – Capítulo 28 – Negociadores com MUITA história pra contar

Antigamente, não havia nenhuma norma que parametrizasse e validasse a qualidade das tintas. Só no ano de 2002, quando a Futura já tinha 21 anos, que foi criado o Programa Setorial da Qualidade como uma ferramenta de auditoria da qualidade das tintas. Hoje, os produtos passam por rigorosos testes de resistência e performance para receber o atestado do PSQ e o selo Tinta de Qualidade.

Antes de existir um programa que documentasse a seriedade da indústria, a venda era feita na base da confiança e da promessa – se usar e não gostar, devolvo seu dinheiro. Os produtos se destacavam em algumas regiões, apoiados principalmente na reputação dos homens que levavam nossa marca por aí.

E não era só a falta do atestado de qualidade que desafiava os negociadores: quem comercializava produtos na década de 80 e início da década de 90 se lembra das constantes mudanças da moeda, a inflação completamente descontrolada e os planos econômicos que mais complicavam do que ajudavam.

40 anos Futura Tintas – Capítulo 28 – Negociadores com MUITA história pra contarSim, era preciso homens de muita fibra para vencer todos esses contratempos e conseguir abrir lojas e consolidar região. E até hoje temos o privilégio de ter no nosso time, três negociadores que trabalham com Futura há mais de 30 anos, vivenciaram essas dificuldades todas e, agora, usam essa vasta experiência para nos ajudar atravessar esse momento de pandemia.

Miguel Martorell chegou na Futura antes do Ricardo, acreditam? Trabalhou com os fundadores da Cortex, desde quando ela ainda estava lá no Rio de Janeiro, uma história que ainda contaremos por aqui. Miguel participou de todas as etapas da Futura, brinca com a gente que ele foi o pai da Texcor e que acreditava mais na Futura do que os próprios proprietários. Em 1989, quando já tinha dado uma grande contribuição com a implementação e consolidação da fábrica, Miguel mudou-se para Goiânia e foi trabalhar numa indústria de alimentos, onde, em 2004, encerrou sua trajetória. Em seu coração, sabia para onde deveria voltar. Então, regressou para o time como negociador e tinha o desafio de desacinzentar Goiás, que na época tinha apenas um cliente. Ele mesmo classifica o esforço como “um trabalho doido”: ninguém conhecia a marca e nem os produtos e a distância também não ajudava. Miguel era novo no ramo de representação de vendas e empenhou um apartamento no início do negócio. Mas, como diz uma frase de Van Goethe, quando alguém se engaja definitivamente num trabalho ou numa criação, o universo também entra em ação. Miguel conseguiu deslanchar os negócios no Estado de Goiás, comemora já ter levado a Universidade para dois clientes de sua região e faz planos para quando tudo isso passar, levar o itinerante para colorir ainda mais vidas.

40 anos Futura Tintas – Capítulo 28 – Negociadores com MUITA história pra contarLogo depois do Miguel, Curcino entrou para o time em 1984. Esse divertido parceiro, fala que suas histórias de superação no início do trabalho com a marca dão pra escrever um livro. Não é de se estranhar que é um dos mais resilientes em tempos atribulados. Sua região tinha pouquíssima infraestrutura, a maioria dos caminhos era chão de terra, centenas de quilômetros sem um posto de guarda e nem de combustível. Carregava consigo uma mini oficina, muitas vezes precisou levar um galão reserva de gasolina, para garantir que seu Fuscão chegasse onde tinha que chegar. E mesmo assim, dormiu mais de uma vez na estrada com dois pneus furados. Os dias eram quentes, muito mais de 40 graus dentro do carro sem ar, e as noites eram escuras e com saudade da família. Com uma região tão extensa como o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, era preciso ficar muito tempo na estrada. O tempo passou e sua perseverança gerou ótimos resultados. Com o avanço da tecnologia, cuidar dos mais de 50 clientes ficou ficando mais fácil. Cada fase reserva seus desafios comerciais, não há como negar, mas está feliz com as ferramentas que permitem que ele cuida com primor dos clientes e fique perto da família.

40 anos Futura Tintas – Capítulo 28 – Negociadores com MUITA história pra contarFechando o trio, Sérgio Parise. Está com a Futura há 27 anos, negociador no estado de Rondônia. Sua principal ferramenta de trabalho para prospectar clientes sempre foi uma moto, com ela andava pra cima e pra baixo pela BR 364. Sua parceira na vida e nos negócios é a Dona Marni. Esposa, mãe dos dois filhos e braço direito no trato com os clientes e no acompanhamento dos pedidos com a fábrica. Os dias não tem sido fáceis, mas seu Sérgio que já passou por poucas e boas, continua animado. Conta que já enfrentou tantas crises que nem dá pra classificar, e além delas sua região é muito distante da fábrica, por isso o frete é mais uma objeção. Mesmo com tudo isso, nada o impediu de abrir mais de 30 clientes, de quem cuida com toda excelência.

Esses são pequenos trechos de histórias repletas de superação, energia e principalmente coragem. Há tantas e tantas histórias que precisaríamos mesmo de um livro ou até mais de um para contar. Em um momento de grande atribulação para a economia, para o mercado e mesmo pra nós, esse capítulo nos ajuda a reafirmar a fé no propósito e na força do bom trabalho.

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