40 anos Futura Tintas – Capítulo 10 – Agnaldo Tegani e o Solidare de Taubaté
Quando a Universidade Futura Tintas ainda era um projeto num pedaço de papel, ela já entusiasmava e motivava muita gente, mas nenhuma emoção ou motivação chegava aos pés do entusiasmo de Agnaldo Tegani. Quando tudo virou realidade, seu trabalho virou praticamente diversão de criança.
Como coloridor de negócios, queria estar sempre perto de ações importantes para os lojistas, por isso acompanhou de perto todos os primeiros itinerantes. Como coloridor de vidas, era educador solidário em São Paulo e ficava completamente extasiado de ver algumas aulas transcorrendo e as mudanças acontecendo.
Tegani, como é conhecido pelo mercado, ou Tega, como é carinhosamente chamado por nós, se emociona com a mesma facilidade de um menino; quem já recebeu uma de suas visitas, com certeza se lembra de em algum momento ter rido muito e em outro ter chorado bastante.
Uma das experiências que viveu com os alunos da Universidade, foi uma ação solidária no vale do Paraíba. Os alunos que passaram pela Academia Itinerante foram convidados a doar um dia de trabalho para levar cores e alegria para os assistidos da Apae de Taubaté, que tem uma característica diferente de outras: além da instituição de ensino, eles também acolhem pessoas com necessidades especiais que foram deixadas pela família. Na própria sede da Apae, foram construídas duas casa, uma para as meninas e outra para os meninos. As casas eram simples e estavam desbotadas e descascando, e quando a Paula, proprietária das Tintas Gonçalves, visitou o lugar e anunciou a ação que aconteceria por lá, a alegria tomou conta do coração de Fátima, diretora responsável pelo local no ano de 2015.
Em um dia, 20 pintores ser reuniram para pintar tudo e deixar novinho em folha. No dia da ação, os moradores das casas foram levados para outro lugar e avisados que no fim do dia teriam uma surpresa. O sábado voou, os pintores trabalharam incansavelmente, venceram muitas patologias, além de uma chuvinha fina que caiu o dia inteiro e dificultava o andamento da pintura, mas com persistência venceram o dia e terminaram a obra.
Chegou a hora da entrega, os pintores ficaram alinhados perto das casas, orgulhosos pelo belo resultado, a casa das meninas agora era rosa com o teto branco, e a casa dos meninos era azul claro com barrado azul escuro.
As casas que ficavam no alto de um barranco, eram acessadas por uma escada que vinha lá das salas de aula. De lá de cima ouvimos os ruídos animados dos moradores chegando para ver a tal surpresa.
Estávamos ansiosos para ver a animação, mas não contávamos com a verdadeira reação. Quando todos chegaram perto e começaram ver como as casas estavam lindas, eles pararam com os ruídos alegres, as dancinhas e as gracinhas, e começaram a chorar abraçados olhando para casa e sem conseguir avançar mais. No primeiro momento foi um susto, será que não gostaram?
Todo mundo ficou parado olhando para cena e então eles começaram subir um a um e abraçar os pintores, agradecendo por aquele presente com uma emoção muito sincera. É difícil descrever como se passaram os minutos seguintes, todos estavam aos prantos.
Os pintores não tinham dimensão do quanto aquele trabalho trazia renovação e dignidade para aquelas pessoas, talvez até ali não tivessem dimensão do quanto o resultado de seus trabalhos colorisse a vida das pessoas.
Tegani que já se emociona facilmente, se afastou por uns instantes para observar de longe toda aquela comoção, nesse momento seu fervor em acreditar que as empresas devem fazer o bem e que isso traz resultados positivos para o negócio se multiplicou, e isso o fez mergulhar de cabeça na expansão das aulas itinerantes e assumir o compromisso de espalhar aquelas oportunidades a muitos lugares desse Brasil.
Hoje, Tegani é o líder dos Coloridores de negócio, viaja o Brasil acompanhando negociadores na condução dos negócios. Fernando, Felipe, Leandro e Elba são seus cúmplices nessa jornada, porque para colorir negócios, equipe de trabalho não basta, precisa de muita cumplicidade na causa.
O que Tegani sempre declara é que não sabe vender, se for precisar disso, vai ser um problema.
– Eu não consigo entrar numa loja para vender alguma coisa.
De fato, o que ele gosta mesmo é de ouvir as histórias daquelas pessoas, saber como começaram, de onde vieram e tudo que passaram para chegar onde estão. Aí sim, se no meio de tudo isso, ele percebe que a história daquele negócio tem toda relação com o propósito da Futura, então começam a fazer negócio. A oferta não é só de vender produtos, mas de se juntar a uma causa, colocar um propósito em movimento e usar a força do trabalho e do resultado para expandir o mercado.
Tentando explicar melhor o que ele faz: todo dia sai de casa um proprietário de loja de tintas, que começou esse negócio junto com sua família, passou por poucas e boas, mas está construindo um legado. E todo dia sai de casa Agnaldo Tegani, levando sua mensagem de prosperidade, fé na humanidade e bondade nos negócios. E quando esses dois caras se encontram, dificilmente não sai uma grande parceria.